A Arca da Aliança: História, Mistérios e Destino Perdido
A Arca da Aliança é, sem dúvida, um dos artefatos mais misteriosos e reverenciados de toda a história da humanidade. Citada na Bíblia e em textos sagrados, descrita como o local onde se manifestava a presença de Deus, ela continua sendo um objeto de fascínio tanto para religiosos quanto para historiadores, arqueólogos e curiosos do mundo inteiro. Mas afinal, onde está a Arca da Aliança hoje? Quem cuidava dela? Quem morreu ao tocá-la? E, principalmente, quando foi a última vez que alguém a viu?
Neste artigo completo, você vai conhecer a origem, a trajetória, os povos que tomaram posse dela e os mistérios que cercam seu desaparecimento. Acompanhe até o final para mergulhar em uma narrativa repleta de história, fé, enigmas e teorias.
Origem da Arca da Aliança
A origem da Arca da Aliança está diretamente ligada ao povo hebreu durante sua saída do Egito e peregrinação pelo deserto rumo à Terra Prometida. Segundo a Bíblia, mais especificamente no livro de Êxodo, a Arca foi construída por ordem de Deus e entregue a Moisés, que repassou a missão de construção a Bezalel, um artesão escolhido especialmente para esse propósito.
Ela era feita de madeira de acácia, revestida de ouro puro por dentro e por fora. Suas dimensões, descritas nas escrituras, eram de aproximadamente 1,10 metros de comprimento, 0,70 metros de largura e 0,70 metros de altura. No topo, havia o chamado Propiciatório, uma tampa de ouro maciço, ladeada por dois querubins que se voltavam um para o outro. Entre esses querubins, segundo a tradição, manifestava-se a presença de Deus.
O que havia dentro da Arca?
De acordo com a tradição bíblica, a Arca guardava três itens sagrados:
- As Tábuas da Lei, com os Dez Mandamentos entregues a Moisés no Monte Sinai;
- Um vaso de ouro contendo maná, o alimento milagroso que sustentou os hebreus no deserto;
- A vara de Arão, que floresceu como sinal do poder divino.
Esses itens simbolizavam a aliança entre Deus e seu povo. Mais do que um simples objeto, a Arca era o centro espiritual e religioso de Israel, representando a própria presença divina entre os homens.
A importância da Arca para o povo hebreu
A Arca da Aliança não era apenas um objeto religioso. Ela acompanhava os hebreus em batalhas, sendo considerada a chave para a vitória, já que acreditava-se que Deus marchava à frente de seu povo. Um dos episódios mais famosos é a queda das muralhas de Jericó, quando, segundo o relato bíblico, os israelitas carregaram a Arca em procissão durante sete dias ao redor da cidade, até que os muros caíram milagrosamente.
Além disso, a Arca ocupava lugar central no Tabernáculo e, mais tarde, no Templo de Salomão, em Jerusalém. Lá, era mantida no Santo dos Santos, um espaço extremamente sagrado onde apenas o Sumo Sacerdote podia entrar, e isso apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur).
Quem podia cuidar e tocar na Arca da Aliança?
A Arca era considerada tão sagrada que não podia ser tocada por qualquer pessoa. Apenas os levitas, membros de uma tribo específica dedicada ao serviço religioso, podiam transportá-la. Mesmo assim, eles não podiam encostar diretamente no objeto; utilizavam varas de ouro encaixadas em argolas laterais para carregá-la nos ombros.
O manuseio inadequado era considerado uma afronta direta a Deus, o que, segundo os relatos, podia resultar em morte imediata. Esse detalhe reforçava o caráter temido e respeitado da Arca, elevando ainda mais o mistério em torno dela.
Povos que tomaram posse da Arca
Ao longo da história, diversos povos entraram em contato com a Arca da Aliança. Em algumas ocasiões, ela foi capturada em guerras, e em outras, escondida para evitar que caísse em mãos inimigas.
1. Os Filisteus
Um dos episódios mais conhecidos ocorreu quando a Arca foi tomada pelos filisteus, após a derrota dos israelitas em batalha. No entanto, o que parecia ser uma vitória tornou-se uma tragédia para eles. O relato bíblico afirma que onde quer que a Arca fosse levada, a população local era atingida por pragas, doenças e destruição. Apavorados, os filisteus decidiram devolver a Arca aos hebreus, enviando-a em uma carroça puxada por bois.
2. O Reino de Israel e o Templo de Salomão
Depois de recuperada, a Arca foi levada a Jerusalém, onde o rei Davi preparou um local para ela. Mais tarde, seu filho Salomão a instalou no Santo dos Santos do magnífico templo construído em sua honra. Ali, a Arca permaneceu por séculos como o centro espiritual de Israel.
3. Povos invasores
Com o passar do tempo, Jerusalém foi alvo de invasões de diversos impérios poderosos, como os babilônios, assírios e romanos. Cada invasão levantou suspeitas sobre o destino da Arca. Muitos acreditam que ela foi saqueada, escondida ou destruída durante esses conflitos. A verdade, porém, permanece envolta em mistério.
Esses episódios marcam apenas o começo do mistério. Na segunda parte deste artigo, exploraremos onde a Arca pode estar hoje, quando foi a última vez que foi vista, quem morreu ao tocá-la, e quais são as principais teorias e lendas modernas sobre seu desaparecimento.