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A Breve e Misteriosa História de Tutancâmon

Nascido por volta de 1341 a.C., Tutancâmon era filho do faraó Akhenaton e de sua irmã, que se acredita ser Nefertiti. Akhenaton havia promovido uma revolução religiosa, substituindo os muitos deuses egípcios pelo culto a Aton, o deus sol. Após a morte de seu pai, Tutancâmon, ainda criança, subiu ao trono com apenas nove anos de idade.

Seu reinado, que durou cerca de dez anos, foi principalmente um período de restauração. Sob a influência de seus conselheiros, ele reverteu as reformas religiosas de seu pai, restaurando o culto a Amon e os antigos deuses, e transferiu a capital do Egito de volta para Tebas.

Aos 19 anos, o jovem faraó morreu de forma inesperada. A causa de sua morte ainda é debatida, mas estudos recentes sugerem que ele sofria de várias doenças, incluindo malária e uma doença óssea. As lesões em seu corpo, descobertas durante a análise de sua múmia, indicam que ele provavelmente teve uma infecção grave que o levou à morte, sem descartar a possibilidade de um acidente, como uma queda.

A Descoberta da Tumba e a "Maldição do Faraó"

Tutancâmon foi colocado no Vale dos Reis. Por volta de 1907, o arqueólogo britânico Howard Carter iniciou a busca por sua tumba, que era a única de um faraó da 18ª dinastia que ainda não havia sido encontrada. Após anos de trabalho, em 1922, sua equipe finalmente fez a descoberta que abalaria o mundo.

A tumba de Tutancâmon estava quase intacta, repleta de tesouros incríveis, como a famosa máscara funerária de ouro maciço, joias, armas e móveis. A grandiosidade e o estado de conservação dos artefatos fornecem uma janela inigualável para o mundo do antigo Egito.

A riqueza encontrada na tumba, no entanto, veio acompanhada de uma lenda sombria: a "Maldição do Faraó". A história ganhou força na mídia após a morte de Lord Carnarvon, o patrono financeiro da expedição, apenas alguns meses depois da abertura da tumba. A morte de Carnarvon, devido a uma infecção por picada de mosquito, foi o primeiro de uma série de óbitos de pessoas ligadas à descoberta, o que alimentou a crença popular na maldição.

Embora a ciência moderna tenha desmentido a maldição (muitos dos envolvidos na abertura da tumba viveram por décadas), a lenda persiste, adicionando uma camada de mistério à fascinante história do faraó menino.

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